O interior do Brasil ultrapassou as áreas metropolitanas
e criou mais empregos com carteira assinada em 2013. As grandes cidades
lideravam a abertura de postos formais no país desde 2005, segundo dados do
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho
e Emprego.
Os números do Caged revelam que o interior de nove
estados (Pará, Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São
Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul) foi responsável pela abertura de 340.881
postos formais na série sem ajuste, enquanto as áreas metropolitanas empregaram
211.190 pessoas.
Apesar de o levantamento não abranger todo o país, a
representatividade desses estados é expressiva. Juntos, foram responsáveis por
552.071 empregos formais, de um total de 730.687
criados no Brasil em 2013.
A vitória do interior também ocorre na análise da série
ajustada de 2013. Nesse recorte, o interior criou 465.542 empregos contra
331.229 das metrópoles.
A análise dos números da série sem ajuste do emprego
formais feita pela LCA Consultores mostra que, dos cinco grandes setores
empregadores da economia, quatro tiveram melhor desempenho no interior:
indústria, construção, comércio e serviços.
A exceção foi a agricultura, mas o desempenho ruim pode
ser explicado pela baixa participação das grandes cidades nesse setor. Um forte
fator que contribuiu para a superioridade do interior em 2013 foi a política de
reajuste real do salário mínimo.
Cidades menores dependem mais do mínimo para manter a
economia aquecida. Em 2013, a alta real foi de 2,7%, acima do 1,8% do ganho
real do trabalhador médio do Brasil. (Cda Bahia).